sexta-feira, 4 de julho de 2014

Comerciante denuncia suposto caso de omissão de socorro a idoso.

03/07/2014  21:25

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Comerciante denuncia suposto caso de omissão de socorro a idoso.



A Polícia Civil registrou um boletim de ocorrência contra o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) da Baixa Mogiana por um suposto caso de omissão de socorro. A denúncia partiu do comerciante Leonardo Passareli Junior, de 43 anos, que acusa o órgão de ter se recusado a socorrer o sogro dele, um aposentado de 68 anos.
Segundo o denunciante, que reside em Mogi Mirim (SP), o idoso teve um sangramento intenso na cabeça após cair da cama, na noite desta quarta-feira (2). Ele foi comunicado do acidente doméstico pela mulher da vítima e, minutos mais tarde, solicitou a presença dos socorristas do Serviço. “Acionei o SAMU duas vezes no final da noite. Na primeira vez, me atenderam e transferiram a ligação para falar com um médico. Quando fui atendido, contei que meu sogro sofreu um derrame recentemente e que havia sofrido um acidente em sua residência, no Jardim Bela
Vista, próximo ao Centro Cultural, e estava caído no chão com um corte na cabeça”, relatou o comerciante, que prosseguiu. “O médico me disse que não poderia mandar uma ambulância para socorrer meu sogro, pois eu teria que estar perto para informar a situação dele. Sem saber o que fazer, liguei no pronto-socorro [HM] para pedir uma ambulância e declararam que teriam que ter autorização do médico do SAMU para liberar uma unidade de lá. Novamente, liguei no SAMU e insistiram que não iam liberar a ambulância, pois eu não estaria perto do meu sogro. Se dependesse deles, meu sogro ia morrer”, disparou o genro indignado.
Leonardo disse que, diante da suposta negativa, se dirigiu até Mogi Guaçu (SP) e acionou a Guarda Civil Municipal, que o auxiliou no resgate do aposentado até a Santa Casa local. De acordo com os familiares da vítima, o idoso permaneceu no chão por uma hora e meia até ser socorrido.
Lázaro Aparecido Torquato deu entrada na unidade médica por volta das 21h40. Segundo informações aferidas na Santa Casa, o aposentado foi atendido e liberado na mesma noite e passa bem. Após a internação, Leonardo seguiu com os guardas civis Diniz e Machado até a Central de Policia Judiciária, que registrou boletim de ocorrência por queda acidental. Posteriormente, as partes deverão ser ouvidas para apuração do fato.
O outro lado
No final da tarde de hoje (3), o SAMU emitiu nota oficial desabonando as acusações do comerciante e oferecendo a versão da Central de Regulação sobre o caso. Segundo o órgão, a ocorrência foi comunicada às 20h55, momento em que o médico responsável pediu que o comerciante retornasse a ligação assim que se encontrasse junto à vítima. Simultaneamente, enfatiza o texto, as unidades de Suporte Avançado (USA) e de Saúde Básica, que atendem a Mogi Guaçu, estavam empenhadas nas ocorrências de uma gestante em possível trabalho de parto e em um acidente envolvendo uma motociclista com trauma de membros inferiores, respectivamente.
Cinco minutos mais tarde, informou a Central, o informante voltou a solicitar socorro, contudo, não teria fornecido detalhes que pudessem ajudar na análise da situação. Às 21h03, a GCM comunicou o caso ao Médico Regulador, que, segundo a nota, liberou a USB para o atendimento ao aposentando.
De acordo com o registro, a Unidade chegou à residência da vítima às 21h18, ou seja, 23 minutos após a primeira comunicação, momento em que o paciente já havia sido encaminhado à Santa Casa, conforme aludido anteriormente. Após análise do caso, o SAMU avaliou que não houve falha técnica e tampouco omissão de socorro. “Todos os procedimentos estão de acordo com a Portaria 2048 do Ministério da Saúde. O que deve ficar claro é que o SAMU não é um mero serviço de fornecimento de ambulância para transporte de pacientes. Inserimo-nos num amplo contexto na Rede de Urgência e Emergência. Existem critérios a serem observados e respeitados desde a primeira ligação até a finalização do evento, o que garante um serviço técnico, racional e de qualidade”, finalizou a nota.
O Serviço ainda ressaltou que todas as ocorrências são gravadas e registradas em ficha de atendimento e que estão disponíveis a qualquer pessoa interessada em aferir o fluxo de atendimentos promovidos pela Central Regional.





Fotos: (MGA)

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