Caveanha teria recebido R$ 4 mil em propina em 2016, cita Polícia Federal
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A PF divulgou escutas telefônicas envolvendo o nome do prefeito do de seu filho, vereador Thomaz Caveanha, na Operação Prato Feito
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Escutas feitas pela PF indicam que o prefeito guaçuano recebeu, pelo menos, R$ 4 mil em propinas, em 2016, ano de eleição, para supostos acordos futuros na área da educação.
A PF deflagrou a operação nesta quarta-feira (9), em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), para desarticular grupos suspeitos de desviar recursos da União que seriam destinados para municípios de São Paulo, Paraná, Bahia e Distrito Federal.
Em Mogi Guaçu, os federais cumpriram mandados de busca e apreensão na casa do prefeito e no Paço Municipal. Ninguém foi preso.
ESCUTAS
Com base em áudios, a PF cita que o prefeito reeleito em 2016, Walter Caveanha, teria sido beneficiado durante a campanha eleitoral, por meio de repasses recebidos por um intermediário, para que posteriormente ele contratasse empresas de um dos núcleos investigados – mediante fraude em licitações.
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Um dos pagamentos, de R$ 4 mil, teria sido feito em um posto de combustíveis ao vereador Thomaz Caveanha, que é filho do prefeito. Esse pagamento de R$ 4 mil teria sido feito no dia 30 de setembro de 2016, dias antes da eleição, conforme a Polícia Federal.
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A PF, porém, relata à Justiça que ainda não identificou acordos suspeitos feitos na gestão do prefeito Walter Caveanha, mas lembra que o integrante de um dos núcleos já mantinha contratos com a Administração Municipal, antes do caso vir à tona.
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INTERMEDIÁRIO
Outros prefeitos da região também são citados pela PF como recebedores de propina durante a campanha eleitoral de 2016. Entre eles, o prefeito de Holambra, Fernando Fiori de Godoy, que é do mesmo PTB do Walter Caveanha.
Segundo a PF, Fernando Fiori recebeu vantagem indevida do grupo de empresários da Máfia da Merenda para intermediar uma proposta de propina em Mogi Guaçu.
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OUTRO LADO
Em nota, o prefeito Walter Caveanha nega irregularidades em licitações do governo. Até o momento, o prefeito de Mogi Guaçu não dá indícios de que vá convocar uma coletiva de imprensa para explicar esse caso envolvendo seu nome.
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