Federação Paulista acaba com elitismo, divide receita em quatro grupos e com bônus por ranking

Federação Paulista de Futebol começa vida nova aos 75 anos de sua fundação
Federação Paulista acaba com elitismo, divide receita em quatro grupos e com bônus por ranking

Entre os pontos delicados mexidos com coragem pelos novos dirigentes está a criação de uma tabela racional na distribuição de receitas, antes elitista

por Agência Futebol Interior
Campinas, SP, 5 (AFI) – A nova
administração da Federação Paulista de Futebol (FPF), sob a presidência de Reinaldo Carneiro Bastos, deu vários passos a frente na reunião do Conselho Arbitral do Campeonato Paulista. É o ponto inicial para uma reestruturação necessária no futebol de São Paulo e reclamado por décadas pelos oprimidos times do Interior. Entre os pontos delicados mexidos com coragem pelos novos dirigentes está a criação de uma tabela racional na distribuição de receitas da televisão e patrocinadores, antes elitista e somente dirigido aos quatro grandes clubes.
Portal FUTEBOL INTERIOR teve acesso, com exclusividade, à nova distribuição de verbas para os clubes. É um início de um critério que deve ser aprimorado nos próximos anos, com a criação de um ranking estadual. A cobertura da reunião contou com as presenças dos repórteres Guilherme Righetto, Lucas Moron e Ricardo Magatti.
Reinaldo Carneiro Bastos teve a coragem de criar grupos para divisão das receitas, bom bônus e ranking
Reinaldo Carneiro Bastos teve a coragem de criar grupos para divisão das receitas, bom bônus e ranking
Os grandes clubes – Corinthians, Santos, Palmeiras e São Paulo – continuam com as maiores verbas, mesmo porque são as maiores atrações da competição. De R$ 13 milhões do ano passado vão receber agora R$ 17 milhões. Há muito tempo havia uma reclamação de vários clubes tradicionais do Interior, como Ponte Preta, Guarani, Bragantino e Portuguesa, para que tivessem uma cota diferenciada dos demais clubes. Seria a criação de uma faixa intermediária. Como também havia uma queixa dos clubes “considerados médios” em relação aos novatos, que chegavam da Série A2 já com a mesma cota deles. Um contra-senso.
EXPERIÊNCIA RACIONAL
Antes os 20 clubes eram divididos apenas em dois blocos. De um lado, os quatro grandes. De outro os 16 times restantes com a mesma cota. Agora existem quatro valores diferentes e que podem mudar com o decorrer dos anos, considerando-se os méritos de cada clube. Duas situações vão ser valiosos nesta pontuação, um verdadeiro ranking da FPF: a posição dentro do Paulistão e também a participação dentro do Campeonato Brasileiro.
O clube mais beneficiado com esta mudança é a Ponte Preta, que sai dos R$ 2,7 milhões para R$ 5 milhões brutos. Foi considerado ai a sua presença no Brasileirão e também sua participação freqüente dentro do Paulistão. A Macaca está na elite desde 2000, portanto, há 15 anos seguidos. Para chegar no valor total ele ganhou R$ 100 mil por ano disputado no Paulistão – R$ 1,5 milhão – e mais R$ 500 mil de bônus por estar na Série A.

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BÔNUS PELO BRASILEIRO
A partir daí, foram criados dois novos grupos ou categorias de clubes que participam da elite, com duas cotas básicas.
Os 11 atuais, que incluem os que disputaram 2015, e se mantiveram e os quatro novatos, vindos da Série A2.
Os atuais (11) – valor básico de R$ 2,7 milhões
Botafogo, São Bento, Linense, Ituano, São Bernardo, XV de Piracicaba, Osasco Audax, Capivariano, Red Bull, Mogi Mirim e Rio Claro.
Novatos (4) – valor inicial de R$ 2 milhões
Ferroviária, Novorizontino, Oeste e Água Santa (Mirassol).
De forma inteligente foi criado um bônus para os clubes que vão participar do Campeonato Brasileiro – das Séries A, B, C e D. Desta forma:
Série A – R$ 500 mil
Série B – R$ 350 mil
Série C – R$ 250 mil
Série D – R$ 150 mil
Desta forma, um beneficiado foi o Oeste, de Itápolis, que além da cota de R$ 2 milhões pelo acesso da Série A2, vai ter uma bonificação de R$ 350 mil, num total de R$ 2.350 mil. O Mogi Mirim, embora tenha sido rebaixado para a Série C do Brasileiro, vai receber seu bônus como participante da Série B em 2015, num total de 2,7 milhões de cota, mais o bônus de R$ 350 mil e um total de R$ 3.050 milhões.
Red Bull e Botafogo, que já estão no Paulistão e que disputaram a Série D, vão receber cada um a cota de R$ 2,7 milhões, mais o bônus de R$ 150 mil, num total de R$ 2.850 milhões.
SÉRIE A2 E INDENIZAÇÃO
O sistema de bonificação criado pela FPF também vai servir para os clubes participantes da Série A2. A estimativa de cota básica para cada clube é de R$ 600 mil para quem caiu da Série A1 (4 times) e R$ R$ 400 mil para quem subiu da Série A3 (4 times).
O Bragantino, por exemplo, vai receber R$ 600 mil mais a bonificação de R$ 350 mil por disputar a Série B do Brasileiro. Guarani e Portuguesa vão receber R$ 600 mil mais R$ 250 mil, num total de R$ 850 mil.
O raciocínio dos dirigentes da Federação Paulista de Futebol (FPF) foi tão avançado que também já prevê uma indenização para os clubes rebaixados em 2016, vítimas da brusca queda de participantes do Paulistão: de 20 para 16 – vão cair seis times e subir apenas dois. Os últimos quatro colocados vão receber em 2017 a cota básica da Série A2 (que hoje seria R$ 600 mil). Mas o quinto e sexto rebaixados vão ter direito a receber a cota integral que receberem em 2016.
RECEITAS DE CADA CLUBE

Grupo 1 – Santos, Palmeiras, Corinthians e São Paulo - R$ 17 milhões cada.
Grupo 2 - Ponte Preta – R$ 5 milhões.

Grupo 3
 - De 6º a 16º – R$ 2,7 milhões
Botafogo, São Bento, Linense, Ituano, São Bernardo, XV de Piracicaba, Osasco Audax, Capivariano, Red Bull, Mogi Mirim e Rio Claro.
* Botafogo e Red Bull vão ter bônus de R$ 150 mil por terem disputado a Série D do Brasileiro.
Grupo 4 - De 17º a 20º – R$ 2 milhões
Ferroviária, Novorizontino, Oeste e Água Santa (Mirassol)

* Oeste vai ter um bônus de R$ 350 mil por disputar a Série B do Brasileiro.

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