Moradores de Estiva Gerbi reclamam
de
água cor de barro nas torneiras
DAE reconhece o problema, mas alerta que líquido não leva risco à saúde.
Tubulação antiga e de ferro e o acúmulo de manganês podem explicar cor.
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A qualidade da água distribuída em Estiva Gerbi (SP), que muitas vezes chega aos consumidores com cor de barro, é motivo de reclamações dos moradores. Segundo os moradores, a água que chega às casas é imprópria para o consumo. Eles denunciam ainda que o problema já existe há pelo menos cinco anos, se agravou nos últimos meses.
O metalúrgico e comerciante Elton César lembra que por várias vezes teve de comprar água para consumir. "Tenho um restaurante e por várias vezes tivemos de deixar o estabelecimento fechado por causa destes problemas na rede água de Estiva”, conta.
A estudante Rosimara Rosseto reclama das dificuldades que tem em casa. "A qualidade é péssima, não temos condições de usar essa água para lavar roupas, louças e muito menos para beber ou preparar alimentos", lamenta.
Além da qualidade da água, os usuários denunciam a escassez no fornecimento, que atinge, segundo eles, várias regiões do município. "Já reclamamos e nada foi feito. Quando não falta, a água é suja, escura e impossível de usar. Este problema não é isolado. Em qualquer lugar dessa cidade se poder ver", pontua Lucimara Balbino, moradora do Jardim Anhumas.
Consumo exagerado
A gerente do Departamento de Água e Esgoto (DAE), Lílian Daniela Basso, reconhece a situação e aponta o consumo exagerado como uma das causas do problema. "Os reservatórios estão com pouca reserva e o alto consumo faz com que a água chegue ao nível mais baixo ", explica.
A gerente do Departamento de Água e Esgoto (DAE), Lílian Daniela Basso, reconhece a situação e aponta o consumo exagerado como uma das causas do problema. "Os reservatórios estão com pouca reserva e o alto consumo faz com que a água chegue ao nível mais baixo ", explica.
Ainda segundo a gerente, a região central da cidade tem o problema agravado pelas condições das instalações. A tubulação é toda de ferro, e a deterioração do material pode interferir na qualidade do líquido que chega aos consumidores.
O diretor do DAE, Celso Coli, diz que a água da cidade é rica em manganês e aponta o acúmulo deste resíduo nas tubulações como uma das causas da cor de barro. "As partículas de manganês se prendem na tubulação e quando o nível de água é baixo a pressão faz com que isso se solte. O fato é que essa água não é prejudicial para a saúde", argumenta o diretor. Coli negou que o problema aconteça em toda cidade. Segundo ele, a água distribuída da estação de tratamento tem boa qualidade.
Sobre a falta de água, Lilian Basso disse que existem alguns projetos que poderão aumentar a captação e a distribuição, mas que a execução destas obras ainda não tem prazo para ser iniciada. "O município não consegue arcar sozinho com as melhorias que são necessári